Escrito por: Júlio Sousa
Publicado em: 16/08/2017
Há quem diga que um dia a tecnologia vai substituir os médicos. Será mesmo? Saiba quais são as especialidades médicas do futuro e em qual apostar. Inteligência artificial, sensores, realidade virtual, robôs… A cada dia, surgem novas tecnologias que mudam não só a rotina, mas também a forma como médicos e pacientes pensam sobre a saúde. Já existem […]
Há quem diga que um dia a tecnologia vai substituir os médicos. Será mesmo? Saiba quais são as especialidades médicas do futuro e em qual apostar.
Inteligência artificial, sensores, realidade virtual, robôs…
A cada dia, surgem novas tecnologias que mudam não só a rotina, mas também a forma como médicos e pacientes pensam sobre a saúde.
Já existem robôs cirúrgicos, por exemplo, que se tornam cada vez mais precisos.
O robô Xenex, que leva apenas dez minutos para desinfetar uma sala usando luz UV, é outro exemplo.
Parece inevitável que, um dia, essas tecnologias substituam muitas funções no setor.
Mas será? Quais seriam as especialidades médicas do futuro?
Embora possa, sim, mudar profundamente a forma de se fazer saúde, a automação deve ajudar os médicos a focar em tratar os pacientes e em inovar.
Enquanto a tecnologia se preocupa com a “parte chata” do trabalho.
Confira seis especialidades médicas que têm potencial no futuro
1. Clínica geral
Um dos desafios dos clínicos é ver os pacientes somente quando estão doentes, o que dificulta a prevenção de doenças.
Isso se torna especialmente complicado quando a fila de espera é longa e o tempo de atendimento reduzido.
Com tecnologias como sensores wearable (“vestíveis”), será possível analisar de forma mais eficaz os sinais vitais do paciente e transferir os dados diretamente para o celular do médico.
Isso deve reduzir o tempo gasto com procedimentos padrões, aumentando a disponibilidade para tratar e aconselhar os pacientes.
2. Ginecologia e obstetrícia
Outra especialidade médica que deve se beneficiar da tecnologia wearable no futuro.
Ela vai ajudar a monitorar os sinais vitais da mãe e do bebê.
E garantir que, em caso de emergência, ela receba o atendimento adequado o mais rápido o possível.
3. Radiologia
Já existem algoritmos de inteligência artificial que fazem o trabalho árduo de encontrar tumores ou anormalidades que radiologistas fazem diariamente.
Nem por isso esta deixa de ser uma especialidade médica do futuro.
Pelo contrário, eles terão tempo de sobra para pesquisas e inovações que podem melhorar ainda mais o dia a dia.
4. Oftalmologia
Vai parecer coisa de ficção científica: implantes de retina poderão dar a visão de volta a quem a perdeu.
E lentes digitais vão poder medir o nível de açúcar no sangue.
5. Medicina do esporte
Aparelhos feitos especialmente para atletas prometem transformar a medicina do esporte em uma especialidade médica do futuro.
Com eles, o médico vai ter dados concretos sobre como o atleta está evoluindo, ajudando a melhorar a performance e acelerando o processo de recuperação.
6. Oncologia
Os oncologistas já customizam o tratamento baseado na genética do paciente e na formação molecular de um tumor.
Com sequenciadores de genoma mais acessíveis, este processo pode ser acelerado.
Ao mesmo tempo, existem empresas estudando biópsias em fluidos, que poderiam permitir o diagnóstico de um tumor em amostras de sangue, facilitando o diagnóstico e o tratamento posterior.
Existem aqueles médicos mais tradicionais, ou aqueles mais relutantes à tecnologia.
Mas é importante entender que essas funcionalidades vêm para apenas trazer mais dados e informações aos médicos, e de forma mais detalhada.
Quem vai ter a responsabilidade de lê-los, interpretá-los e tomar as decisões ainda serão os médicos.
Os desafios dos médicos brasileiros no futuro
A carreira médica no Brasil e no mundo significa, em geral, emprego garantido.
No entanto, existem algumas distorções, especialmente no Brasil: o país tem hoje quase 400 mil médicos.
O equivalente a dois profissionais a cada mil habitantes, o dobro recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Seria excelente, não fosse a má distribuição dos profissionais, que ficam concentrados na região Sudeste e em outras grandes cidades do Brasil.
Por isso, a concorrência aumenta e o médico brasileiro do futuro deve buscar estar cada vez mais atualizado. Outra dica é ficar de olho nas oportunidades em regiões periféricas.