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Depoimento de Depoimento de Márcio Freitas

De início, quero me apresentar! Sou Márcio Freitas, nascido em Aracaju, 20, e hoje estudante de medicina da Universidade do Estado do Amazonas. Minha história é breve, e começa em 2011. Sempre fui um aluno mediano, nunca estive nas estatísticas dos alunos mais “acreditados” pelas pessoas, por nunca ter feito muita questão de ser isso. Eu só desejava o que podia ser meu.

Durante o ano de 2011, acabei cometendo um erro comum de alunos de cursos concorridos: assistia diversas aulas na escola e depois passava outra boa parte do dia no cursinho, e pouco me restava de tempo pra ESTUDAR. Por esse erro, acabei não passando no vestibular.

Aqui eu faço uma pausa, frequentar aulas não é estudar, muito menos aprender, a não ser que você já tenha conhecimento prévio daquilo que está vendo. Mas se você tem dificuldade em determinada matéria/assunto, não ache que é durante a aula que você vai aprendê-lo, porque dificilmente o será! O que eu aprendi daquilo que não sabia, adquiri nos meus momentos de exercícios, ou nos plantões de dúvida, resolvendo questões.

Apesar da frustração, segui em frente, afinal, sonho a gente não negocia. E o ano de 2012 foi crucial naquilo que eu queria: ser aprovado. Ao começar o ano, resolvi que faria apenas cursinho, e investiria no meu tempo de estudos em casa. Ia pra escola de manhã, onde estudava até as 13h, e o resto do dia era livre pra estudar. Minha rotina de estudos não passava das 5h diárias, mas bem aproveitadas. O material que eu utilizei foi fundamental pra isso, pois subdividia os temas, e, ao final de cada capítulo, apresentava 10/15 questões do conteúdo visto, o que me dava uma média entre 50 e 70 questões por dia, cerca de 400 por semana. E assim foi durante todo o ano. Em novembro, fiz o ENEM, e mais uma decepção, apesar de todo o estudo, não correu como o planejado, mas resolvi seguir em frente.

E aí, começa mais um drama no meio do sonho… Fiz o vestibular da UEA, onde estou hoje, e no resultado da 1ª chamada, dia 04 de janeiro, acabei não sendo aprovado. Eram 12 vagas, e eu aparecia na 43ª colocação. Pensei: acabou mais um sonho, hora de seguir pra próxima. E, por mais uma frustração, preferi não acompanhar as outras convocações, e decidi voltar pro cursinho e tentar quantas vezes fosse preciso. E assim segui, retornando pra escola no dia 14 de janeiro.

Até que, não sei por que motivo, no dia 01 de março, resolvi verificar se algum candidato havia sido convocado na UEA, e, eis a surpresa: lá estava meu nome na lista! O problema é que a convocação para matrícula havia se encerrado naquele dia, e, além de eu não residir em Manaus, já passava das 18h. Mas aí, algo conspirava a meu favor: a minha colocação, que estava como 43º lugar, era geral, na verdade no grupo em que eu concorria eu era o 19º, e não tinha como saber disso, por falta de informação. Meu fim de semana foi desesperador, inquietante… E na segunda, ao conseguir contato, recebi da universidade a resposta de que nada podia ser feito, a vaga não mais me pertencia.

Sabendo do meu direito, já que um erro na minha colocação induziu-me ao erro, resolvi entrar na justiça. Foram os 20 dias mais demorados da minha vida, mas, ao fim, o juiz entendeu que o direito era, de fato, meu, e aqui estou eu, pra dizer que se o seu sonho é grande, ele vai custar caro. Se o sonho vale a pena, pagar por ele também vale, custe o que custar. Vá em frente, mesmo que digam que você não é capaz. Professores já me disseram que “alunos como eu não passam em vestibular de medicina”. Se você também ouve isso, apenas use como artifício de superação, e continue andando. Acredite no seu sonho, apegue-se a ele e vá lutar. E, antes de vencer, se permita se ver na condição de vencedor, facilita MUITO. O único local em que sucesso vem antes de trabalho é no dicionário. Boa sorte!

Empreendedor em educação há mais de 15 anos. Fundador dos sites Rumo ao ITA, Projeto Medicina e Projeto Redação. Já ajudou milhares de estudantes ingressarem no curso de Medicina em universidades públicas e privadas no Brasil.