Escrito por: Júlio Sousa
Publicado em: 23/04/2018
Há 4 anos ele levou 5 tiros, após tentar apartar uma briga entre amigos. Leandro Silva de Souza tem 21 anos e é um verdadeiro exemplo de superação diária. E de como é importante nós não desistirmos de nossos sonhos. Há 4 anos ele levou 5 tiros, após tentar apartar uma briga entre amigos. Uma das […]
Há 4 anos ele levou 5 tiros, após tentar apartar uma briga entre amigos.
Leandro Silva de Souza tem 21 anos e é um verdadeiro exemplo de superação diária.
E de como é importante nós não desistirmos de nossos sonhos.
Há 4 anos ele levou 5 tiros, após tentar apartar uma briga entre amigos. Uma das balas acabou provocando lesão medular, o deixando paraplégico.
O que não o impede de ir em busca do tão sonhado diploma de médico.
Os desafios diários
Estudante de Medicina, na Universidade Federal do Piauí, em Teresina, ele vai para a universidade de ambulância.
E assiste as aulas deitado em uma maca, de bruços, durante cerca de 8 horas diárias.
Os desafios são muitos: dores, falta de acessibilidade e uma situação financeira desfavorável, mas não o suficiente para fazê-lo desistir.
Decidido a realizar seu sonho, ele chegou a escrever uma carta, pedindo uma bolsa de estudos, para um famoso cursinho preparatório para o vestibular, no Piauí.
Mas só conseguiu aproveitar a bolsa por 3 meses.
Já que de tanto ficar sentado, abriu-se uma úlcera de pressão no glúteo, o que o impede de permanecer sentado, até que o machucado se cure.
A partir de então, Leandro começou a estudar de bruços, em casa quando ainda estava estudando para o vestibular e, depois de aprovado.
Os gastos
Todos os meses a família gasta 1600 reais mensais, para que a ambulância o leve e busque na faculdade.
Fora o aluguel do apartamento, o que dá muito mais do que seu pai ganha, cerca de 1400 reais.
Sensibilizada com a sua situação, a universidade fez uma campanha para que ele arrecadasse dinheiro para suas despesas e na compra de uma cadeira de rodas.
A campanha arrecadou 28 mil reais, que provavelmente acabará rápido.
Já que ele ainda precisa pagar por uma cirurgia para fechar a ferida aberta nas nádegas.
A UFPI
A coordenadora geral de graduação da UFPI, disse à Folha que, o estudante contará com todo o apoio por parte da instituição:
“O curso não será mais fácil para o Leandro, mas ele terá o apoio da instituição para todo o necessário até se formar.
É nossa função tornar viável a estada dele aqui”.
Eles, inclusive, disseram que pretendem bancar os gastos com a ambulância e lhe oferecer uma bolsa de cerca de 400 reais mensais e investirão 4,9 milhões de reais em obras para ampliar a acessibilidade.
O sonho
Enquanto isso, Leandro permanece otimista e segue em frente em direção aos seus sonhos:
“Sou motivado a ser uma pessoa feliz. Estou aprendendo a lidar com a minha nova condição.
Isso agora é minha história, jamais vou ignorar isso e vou me preparar para ajudar pessoas na mesma condição que a minha”.