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Depoimento de Finalmente MEDICINA! Depois de 5 anos de cursinho.

Finalmente MEDICINA! Depois de 5 anos de cursinho.

Demorei pra postar, mas como prometido vim contar um pouco da minha história, talvez alguém se motive…
Bom, não sou nenhuma novinha que passou de cara no vestiba, foi sofrido… Estou com 22/23 anos, e a história até aqui não foi nada fácil. Sempre quis fazer medicina, desde pequena lembro que vinha na minha cabeça aquele corredor, jaleco…Não sei se é coisa de outra vida…mas nada me desviava daquilo.
Sempre fui boa aluna, mas daquelas que foram abençoadas por Deus mesmo, porque eu praticamente não estudava, não fazia tarefa, dormia e sempre estava entre os melhores alunos. Na época de final de fundamental, minha mãe se casou, e me mudei da minha cidade, fui pra uma cidade no interior de São Paulo onde só havia um único colégio e era bem ruim. Dormi o primeiro ano inteiro e minhas notas eram todas 9/10 (salve as de geografia, porque tretei com a prof HAHAHAHA). Resolvi que aquilo não dava pra mim, se eu quisesse algo da minha vida, e fiz o famoso “vestibulinho” da Etec de uma cidade vizinha, por serem vagas remanescentes pra entrar no segundo ano, eu achava que nao passaria, pois eram apenas 3 vagas, mas passei e pensei: “Vou pro colégio técnico, vai ser puxado, que bom!” -doce ilusão, apesar de ser um colégio público dos melhores, os conteúdos eram insuficientes. Não tinha muita orientação (sei que tem aquele ditado de quem quer, vai atrás, mas eu não tinha estímulo e sequer um caminho pra seguir ). EU NÃO SABIA O QUE ERA UM VESTIBULAR, achava que por sempre estar entre os melhores alunos, eu poderia escolher fazer o que quisesse, perguntamos pros coordenadores na época e ele respondeu “a ETE não prepara pra vestibular, prepara pra vida”. Quando os profs perguntavam o que queríamos fazer e eu falava, acho que no fundo eles pensavam, “coitada”.

No final do meu ensino médio eu mal sabia o q era vestibular, o ENEM não tava em voga, as faculdades que utilizavam, em sua maioria, acresciam um bônus na nota final do vestibular. Male má, fiz o ENEM.

Voltei pra minha cidade, Dourados MS, e entrei num cursinho. Tive um choque de realidade. Saí de um lugar onde eu sabia tudo pra outro onde eu estava mais por fora que cotovelo de caminhoneiro. Tive noção do que seria o vestibular, efetivamente. Não deu, naquele ano evolui muito, mas ainda estava muito longe do que eu queria. Busquei grupos no Facebook, na época tinha o RUMO AO ITA, depois foi criado o PM.

2012, tive que estudar em casa. Não tinha mais grana pro cursinho, como tinha um material bom, deu pra estudar. Dei um jeito e fiz um mês de cursinho de revisão antes das provas. 2013, minha nota dava pra todos os cursos, menos medicina (eu achava).
No sisu no inicio do ano coloquei minha nota em Med no Ceará e segunda opção em enfermagem na minha cidade..
Em enfermagem passei, em primeiro lugar… Mas em Med eu devo ter ficado nos 300 (apesar de que fui chamada nas nominais em setembro e perdi). Por pressão mesmo, comecei enfermagem. Não aguentei 2 semanas.

Resolvi então que no meio do ano iria adotar outra estratégia: iria pra Engenharia. Eu não tinha a opção de ir pro cursinho, ou era entrar em um curso, ou trabalhar. Se eu fosse trabalhar, sentia que ficaria muito mais longe do meu sonho, então fui pra Engenharia, pra aperfeiçoar física e matemática e conseguir entender o mundo da química.

Passei em Engenharia Mecânica, Engenharia Civil (UTFPR) e em Engenharia Química com bolsa na PUCPR.
Por ser só de manhã, e ter mais química (que era segunda fase de Med), eu optei por Engenharia Química.
Parei a faculdade lindamente no meio do ano, indo para o terceiro período, quando percebi que os assuntos já não batiam com o do vestibular. Voltei pra minha cidade e pedi a última chance de fazer cursinho até final do ano, se não passasse, voltaria pra Curitiba. Me acidentei feio no meio desse meu “prazo final”. Meus desempenhos melhoraram muito.. Não passei por uma ou duas questões por ai, e pelo ENEM no vestibular da UFGD, a redação me ferrou muito.

2015 voltei pra Curitiba e resolvi que não continuaria a Engenharia, nunca tive pretensão de me formar. Comecei a pensar em algo que eu seria feliz se me formasse (salvo a Med). Não era fácil porque tudo que me rodeava me fazia lembrar que, na verdade, EU QUERIA SER MÉDICA. PENSEI: se eu fizer Odonto, posso ter a prática cirúrgica e tal. FUI PRA ODONTO, ganhei bolsa e resolvi encarar. Fui bem feliz na odonto, mas ainda não me sentia completa.
Fiz os vestibulares e eu tava muito confiante no vestiba da Ufpr porque no ano anterior eu tinha feito 53 e o corte foi 55, por agora ter cota na primeira fase eu tava muito esperançosa e porque dominava questões abertas, principalmente química. Ah, se eu passasse pra segunda fase, mas não, “caguei” a prova inteira, um maldito formulário de física, que antes era dado, e agora não tinha mais, terminou de me desestabilizar. Fui mal e não alcancei o corte por duas questões (malditas duas, de novo). Então, poderia fazer o vestibular da UFGD (já q não fui pra segunda fase da UFPR e a data batia, e tinha mais uma condição: não pegar exame final na Faculdade).
Deu tudo certo, graças a Deus, subi no ônibus e resolvi ligar meu Tablet pra ler os melhores textos da FUVEST de uns anos.

Li uns 15 textos (do mesmo tema) e cansei, dormi. No outro dia pela manhã parti pro meu vestibular, na minha cidade. (pela manhã, a prova era de redação e a tarde as objetivas). A redação é extremamente criteriosa e por ter levado pau no ano anterior eu estava muito apreensiva, abri a prova e cai na gargalhada: O TEMA ERA O MESMO daqueles melhores textos da FUVEST que li. Cara, a tarde voltei muito confiante, acreditei que aquilo era coisa de Deus e aquela prova era pra ser minha. Fiz e entreguei nas mãos de Deus. Tive que esperar a nota de corte, já daria pra ter uma noção, conversei com uns amigos e eles disseram que em torno de 7 a mais que o corte e uns 7 de redação dava.

Fiz mais que dez a mais! Ai meu coração! “Será que dá? ” “Mas são apenas 4 vagas pra cota” “ai Deus, quinto lugar não”

E então, sairia o resultado as 17hrs.
Meu nome estava lá!
Meu nome estava lá?

Quase não acreditei, e ainda fiquei em primeiro da minha cota, estudando quando dava, em paralelo com uma faculdade integral.

CARA! ISSO TUDO FOI SÓ PRA FALAR QUE TUDO TEM UM PORQUE, O QUE É PRA SER SEU, NINGUÉM TIRA. TUDO TEM HORA. SÓ NÃO PASSA EM MED QUEM DESISTE.

Vou fazer Med na minha cidade, PASSEEEEEEEI NA UFGD. 

Empreendedor em educação há mais de 15 anos. Fundador dos sites Rumo ao ITA, Projeto Medicina e Projeto Redação. Já ajudou milhares de estudantes ingressarem no curso de Medicina em universidades públicas e privadas no Brasil.